Marcelo: O criador de blogs

"Existem, na minha opinião, vários tipos de jornalistas. Um fotógrafo, por exemplo, pode ser um jornalista. Um repórter, um editor, um diagramador, todos podem ser jornalistas. Mas todos tem algo em comum: a preparação. Experiência também conta."

Ele é o webdesigner responsável pela criação de boa parte dos blogs mais acessados de Conquista. De tanto criar blogs de notícias para seus clientes, acabou por criar o seu próprio, o Blog do Marcelo como forma de testar novas tecnologias e por hobby.
Sobre o assunto em questão Marcelo Pereira concedeu a entrevista que se segue.




Quantos blogs jornalísticos você já criou em Conquista?
Produzimos cerca de 15 blogs, apenas para região de Vitória da Conquista, e Sudoeste baiano.

Como o senhor vê essa proliferação de blogs jornalísticos como o seu na cidade?
Vejo como um fenômeno de democratização dos canais informativos, por parte daqueles que gostam de escrever, ou simplesmente repassar uma informação julgada relevante. Pela sua origem, não consideramos os blogs essecialmente jornalísticos. Apenas existem aqueles focados nisso, e que acabam tendo maior visibilidade, em virtude da relevância que acabam adquirindo junto ao seu público.



Depois de criar vários blogues, o senhor resolveu ter o seu próprio, de teor jornalístico, por que? O senhor considera seu blog, um blog de jornalismo?
O Blog do Marcelo foi criado para dois fins: o primeiro deles é o teste de novas tecnologias web a serem usadas em sites deste tipo, bem como em outros sites. A segunda finalidade é o hobby: desde 2002 lido direta e indiretamente com sites noticiosos, inclusive através de produtos que preparei para clientes no exterior. Apenas em 2008, optei por criar um blog pessoal, com variedades noticiosas. Procurei, com o Blog do Marcelo, trazer outro tipo de informação relevante aos internautas de nossa região, saindo um pouco dos 'lugares comuns' que vemos nos demais sites. Essa escolha resultou em tres coisas: audiência fidelizada, inserção de notícias de tecnologia e variedades por parte de outros blogs conterrâneos (flagrantemente seguindo nossa tendência) e, por fim, a procura espontânea de algumas empresas com interesse em anunciar em nosso veículo. Apesar de tudo isso, considero meu blog um blog 'pessoal', embora contenha conteúdo jornalístico. Isso responde sua segunda pergunta, neste quesito.

O senhor acha que o nome do dono do Blog exerce influencia na sua credibilidade?
Se a pessoa em questão contar com boa reputação e credibilidade, certamente atrairá um público maior. Nossa cidade conta com alguns exemplos. Um deles optou por modificar o nome do blog, retirando seu próprio nome mas, nem por isso, o site deixou de ser visitado. Pelo contrário, sua audiência segue curva ascendente. Portanto, com o tempo é claro que influenciará.

O que o senhor melhoraria em seu blog?
Nosso blog, apesar do layout 100% original, ainda possui alguns vícios técnicos que o tornam "pesado" para certos tipos de conexões. Estamos preparando uma versão 2.0 que resolverá a questão, além de agregar novas tecnologias e oferecer um novo layout de vanguarda.

O que é ser jornalista na sua concepção?
Creio ser um ramo de atividade complexo. Existem, na minha opinião, vários tipos de jornalistas. Um fotógrafo, por exemplo, pode ser um jornalista. Um repórter, um editor, um diagramador, todos podem ser jornalistas. Mas todos tem algo em comum: a preparação. Experiência também conta. Para mim, jornalismo é trabalho feito em equipe. Jornalismo informa. Jornalismo gera resultados, como manter as pessoas qualitativamente informadas. Pessoas que informam apenas aquilo para qual são pagas, não são necessariamente jornalistas. Mas a sobrevivência é necessária.

Na sua opinião, blogueiro é jornalista?
Não. Pois como falei anteriormente, é uma atividade que requer preparação técnica. Uma pessoa que escreve bem não é, necessariamente, um jornalista.

Qual a sua formação curricular?
Sou especialista em TI, com foco em internet/web. Trabalho comercialmente com internet desde 1998. Sobrevivo da informática desde 1991.

O senhor é a favor ou contra a obrigatoriedade do diploma de jornalismo?
Em respeito a todos aqueles que se esforçam nos cursos de Comunicação ou Jornalismo do país, sou a favor desta obrigatoriedade. Pelo contrário, para que serviriam tais cursos em Nivel Superior? Bastariam apenas como cursos técnicos para adentrar novos profissionais a este ramo de atividade.

Como o senhor avalia, de forma geral, a qualidade da imprensa conquistense?
Avalio que os melhores jornalistas locais seguem dois caminhos: a iniciativa privada ou as praças maiores, como as capitais. Infelizmente existem poucas oportunidades de trabalho para as pessoas talentosas em jornalismo, de nossa cidade. Conheço vários que acabam criando seus blogs para poderem exercitar o que aprenderam, e sabem fazer bem.

2 comentários:

Anônimo disse...

i'm gonna make my own site about it

Anônimo disse...

мне кажется: шикарно! а82ч